10 Ótimos RPGs de mesa para jogar em 2022 (e que não são D&D)

Artigo originalmente publicado no Dicebreaker, por Alex Meehan (@trashcrone), Contribuições Adicionais por Matt Jarvis (@liquidmatt). Publicado no dia 21 de Fevereiro de 2022. Traduzido por Diogo A. Gomes (@diogoarakis) e revisado por Paulo “Faren” Lima (@PHRCC).

 

RPGs de mesa são incríveis. Os melhores RPGs conseguem transportar você e seus colegas jogadores para mundos inteiramente novos, povoados por personagens fascinantes e cheios de lugares para se descobrir. RPGs de mesa são realmente diferentes de qualquer outra experiência interativa por aí. Embora Dungeons & Dragons 5E seja certamente popular, não é o único jogo de RPG existente. Para jogadores que querem uma experiência diferente da oferecida pelo D&D 5E, existem dezenas e dezenas de RPGs que fornecem aos seus jogadores algo completamente único, inclusive temos uma página com mais de 200 jogos de RPG gratuitos em português!

Se você está procurando por um jogo acessível para receber seus amigos no hobby, ou por algo mais pesado que requer alguma consideração cuidadosa, nossa lista dos melhores RPGs de mesa apresenta uma grande variedade, tanto de jogos desafiadores quanto de jogo mais fáceis. Quando se trata de ambientação, pensamos em tudo, desde fantasia a ficção científica, horror a gêneros que não podem ser definidos, então deve haver algo, independentemente do interesse do seu grupo. Nossa lista também apresenta uma coleção diversificada de sistemas de jogo, alguns dos quais você pode já conhecer, enquanto outros estão um pouco fora dos holofotes.

De distopias cyberpunk e fantasias steampunk ao sexy horror moderno, todos os gostos de interpretação são atendidos com a nossa lista dos melhores RPGs de mesa que você pode jogar agora.

1. Blades in the Dark

Realize assaltos elaborados usando um sistema pouco usual de flashback com este RPG steampunk 

Duskvol é um lugar sombrio cheio de fantasmas e perigo em cada esquina.

A cidade de Duskvol é um lugar perigoso. Suas ruas estão cheias de gangues, guardas e até fantasmas. E também é o cenário para o jogo de RPG de fantasia Blades in the Dark. Criado por John Harper, Blades in the Dark é um RPG sobre como sair dos piores buracos da sociedade usando inteligência, conexões e instinto.

Jogadores em Blades in the Dark são membros de uma equipe que sonham em ter uma vida estável através do caminho instável do roubo. Duskvol é uma cidade de extrema riqueza e pobreza, onde as ricas famílias nobres vivem em luxo sobre os esgotos e casebres dos pobres. É por isso que não há nada de errado em você e seus colegas tomarem para si um pouco desse luxo.

Cada sessão de Blades in the Dark é moldada em torno de um serviço, que pode ser tão simples quanto roubar um item valioso de um morador rico ou tão complicado quanto fazer um assalto a um banco. Só que, ao contrário de muitas outras histórias de roubos, não é você que fará o plano prévio. Em vez disso, os jogadores conseguem fazer uma pausa no meio da ação para descrever uma sequência de flashbacks que, de alguma forma, explicará como seu personagem foi preparado para um repentino obstáculo ou contratempo.

Este sistema de jogabilidade permite que o ritmo de cada sessão flua suavemente, em vez de ter uma sessão muito longa no início, onde os jogadores elaboram um plano. Ele também adiciona à experiência um elemento de improviso e caos, ecoando os próprios sentimentos dos personagens de potencialmente serem incapazes.

Se os jogadores conseguirem completar seus trabalhos sem serem presos pelas autoridades ou eliminados por uma gangue rival, eles aceitarão trabalhos cada vez mais ambiciosos. Felizmente, suas experiências também permitirão que eles adquiram novas habilidades e alguns equipamentos impressionantes de seus contatos. Nós nem sequer tocamos no elemento sobrenatural de Blades in the Dark! (Alguns jogadores são capazes de se comunicar com os mortos.) É seguro dizer que existem muitas razões para jogar este RPG de mesa em particular.

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2. Chamado de Cthulhu

Um clássico do horror que perdura por décadas

O Chamado de Cthulhu básico é ambientado durante o início do século XX.

O que Dungeons & Dragons é para os RPGs de fantasia, O Chamado de Cthulhu é para os RPGs de terror. Lançado menos de uma década após a D&D, O Chamado de Cthulhu trocava guerreiros robustos e feiticeiros poderosos por humanos corajosos — mas frágeis. Em vez de paladinos, clérigos e ladinos em busca de ouro e glória em mundos de fantasia, os jogadores assumem o papel de investigadores, estudiosos e jornalistas mergulhando no conhecimento proibido na esperança de salvar o mundo de qualquer tipo de horror cósmico.

O que tornava O Chamado de Cthulhu único era o fato que fugir de lutas era muitas vezes uma escolha melhor do que tentar se defender contra monstros de outro mundo, sendo um RPG notório por despachar personagens através de combates mortais ou por desgastar seu bem-estar psicológico à medida que desvendavam cultos e conspirações. Em vez do dado de 20 lados, que D&D deixou famoso, O Chamado de Cthulhu usava o d100 — dois dados de dez lados, para um resultado percentual — do Basic Roleplaying System, que anteriormente alimentava o RuneQuest, RPG de fantasia dos anos 70.

Ao longo das décadas, O Chamado de Cthulhu evoluiu através de várias edições — além de inspirar jogos de tabuleiro de terror, como a série Arkham Horror — e continua sendo um dos melhores RPGs em 2022 para aqueles que buscam uma história assustadora e tenha uma aura bastante diferente da alta fantasia de D&D. (E, em alguns lugares, é ainda maior do que Dungeons & Dragons.) Quer você esteja descobrindo acontecimentos misteriosos em uma mansão, viajando ao redor da terra para interromper um ritual de fim de mundo ou até mesmo se deparando com o formidável Cthulhu em pessoa, O Chamado de Cthulhu não perdeu nada de sua atmosfera aterrorizante.

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3. Cyberpunk Red

O clássico RPG de ficção científica recebeu uma atualização moderna

Night City está repleta de deleite e distopia em proporções iguais.

Começando em 1988, Cyberpunk é uma série que se tornou sinônimo de esquemas corporativos obscuros, tecnologia transumana e jaquetas com as maiores golas que você já viu. Desde o seu lançamento, Cyberpunk recebeu várias edições, cada uma indo cada vez mais para o futuro, garantindo que sua tecnologia especulativa, continue a permanecer, bem especulativa. Sua edição mais recente é Cyberpunk Red, uma versão simplificada do jogo de RPG de ficção científica que ocorre durante a década de 2040, nos anos anteriores à adaptação popular de videogames, Cyberpunk 2077, convidando os jogadores a entrar no mundo decadente e emocionante de Night City.

Não deixe a estética retro-futurista do Cyberpunk Red enganá-lo, pois é um RPG que mergulha em todos os tipos de assuntos pesados, desde as consequências do capitalismo descontrolado ao ambientalismo, até o que significa ser humano. Jogadores podem escolher entre uma variedade de classes diferentes para suas personagens, com cada uma tendo sua própria maneira bizarra de interagir com Night City. Se você sempre se imaginou um músico, você pode criar um roqueiro preparado para liderar uma revolução, ou se você é um fã do filme Hackers, de 1995, você pode viver o sonho de invadir redes de alta segurança com a classe netrunner. É essencial, para a sobrevivência do seu grupo em Cyberpunk Red, percorrer pelas várias gangues, corporações e grandes personagens de Night City, potencialmente se unindo a uma facção em particular ou resistindo ao se afastar das forças que buscam conquistar a metrópole.

Independente de quem você se alia ou não, você pode escolher como você vai enfrentar os vários trabalhos ou missões que seu grupo escolhe para assumir, colocando pontos em atributos e perícias. Enquanto algumas personagens terão mais facilidade em derrubar a porta na força bruta, outras certamente preferirão uma abordagem mais sutil. À medida que o seu grupo ganha experiência, ele poderá melhorar essas abordagens e

também se ramificar. Não se esqueça também de todo o armamento e equipamentos maneiros que você poderá adquirir. Faça uma viagem à Night City e tente ficar vivo com Cyberpunk Red.

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4. Vampiro: A Máscara (5ª Edição)

Torne-se uma criatura da noite nas ruas de Los Angeles

A natureza pulp de Vampiro: A Máscara o torna único entre seus pares de RPG de terror.

Embora Vampiro: A Máscara seja tecnicamente uma série de RPG de terror, com mortos-vivos e o sobrenatural, é sempre desviado para um território mais pulp estilo Garotos Perdidos do que para algo realmente assustador. Indiscutivelmente, a parte mais assustadora de Vampiro são as reações dos personagens jogadores à perda de sua humanidade, com a oportunidade de explorar as consequências de ganhar a imortalidade e ter que cortar laços com a sociedade em geral. Vampiro começou sua vida como um jogo de RPG ousado e ‘adulto’, que fez avanços para se separar da alta fantasia que jogos como Dungeons & Dragons representavam, oferecendo aos jogadores uma experiência mais sinistra e madura. Desde então, após múltiplas controvérsias e más decisões criativas, Vampiro evoluiu para um título mais autoconsciente, cujos criadores recentes estão tentando direcioná-lo para um território mais inclusivo e menos conservador.

O mundo dos Vampiros está repleto de pessoas cuja fome de poder os conduz à corrupção, levando à criação dos personagens jogadores — sendo o resultado de um mortal colidindo com um membro dos mortos-vivos, antes de se tornar voluntária ou involuntariamente um vampiro. Embora haja muitas vantagens em ser um membro dos belos e mortos, eles também são forçados a evitar a sociedade humana, de modo a manter o “disfarce” de que os vampiros não existem. Jogadores podem encontrar companheirismo entre seus membros do clã, desde o Brujah fisicamente resistente ao glamoroso Toreador até o ambicioso Ventrue, mas os clãs em Vampiro são muitas vezes a fonte das tramas e esquemas em que as personagens dos jogadores podem se encontrar envolvidas se não tiverem cuidado.

Em última análise, como seu personagem se aproxima da imortalidade é uma decisão sua. Personagens em Vampiro podem se encontrar prosperando em sua nova vida, abraçando sua família encontrada e desfrutando de seus poderes, ou podem sofrer sob isolamento e sua necessidade quase constante de sangue. Sem esse precioso líquido vermelho, as personagens dos jogadores podem gradualmente perder o controle sobre si mesmas e se tornar incapazes de executar algumas de suas principais habilidades, sacrificando seu bem-estar por sua moralidade. Apesar dos aspectos incrivelmente estilizados e da linguagem “semi-sexy” do RPG — que são uma grande razão para seu apelo — os jogadores de Vampiro poderão explorar tópicos com muita profundidade e, possivelmente, até descobrir algo sobre si mesmos.

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5. Quest

Talvez o jogo de RPG de mesa mais acessível já feito

Quest é decididamente o RPG mais descontraído que a maioria dos jogadores possa estar acostumados.

Muitas vezes, as pessoas vão direto para D&D 5E para sua primeira experiência de RPG de mesa e embora D&D seja excelente em aspectos como personalização e desenvolvimento de personagens, não seja tão bom em receber jogadores novatos no hobby. As páginas e páginas de informações disponíveis sobre criação de personagens, conjuração, iniciativa e outras coisas, podem assustar pessoas que não estão tão familiarizadas ou interessadas no RPG. Este é o lugar onde RPGs como Quest realmente brilham, pois eles são inteiramente destinados a facilitar os iniciantes na experiência do hobby. Em vez de bombardear seus jogadores com detalhes, Quest se concentra em delinear os pontos chaves do RPG — explicando as ações de sua personagem e fazendo com que o Mestre responda a isso — e imergindo os jogadores em seu mundo.

Realizar uma ação no Quest é tão simples quanto declarar o que você quer fazer e rolar um único d20, com o Mestre repassando o que acontece como resultado de sua rolagem. Em vez de ter atributos, características e tal, as personagens dos jogadores têm apenas ações especiais, que podem ser executadas dependendo de sua classe. Essas ações incentivam os jogadores a serem descritivos, em se afogar em números. Criar personagens em Quest leva cerca de cinco minutos e envolve o preenchimento de uma folha de uma página que funciona semelhantemente ao jogo Madlibs. A preparação para one-shots e campanhas é mais sobre fornecer aos seus jogadores histórias divertidas para eles seguirem e personagens com quem interagirem. Tudo isso, além do design limpo e organizado do livro de regras, é perfeito para introduzir novos jogadores no RPG.

Pode ser uma luta levar as pessoas para os TRPGs, especialmente quando muitas vezes elas parecem exigir que os jogadores realizem uma quantidade substancial de leitura, aprendizagem e compreensão antes mesmo de poderem criar suas personagens. É por isso que jogos como Quest são uma dádiva de Deus pois ajudam jogadores e Mestres a pularem tudo isso e chegar às partes legais do RPG. Também é um ótimo RPG para ajudar a levar as crianças para os TRPGs pela primeira vez, o que significa que também podemos usar o Quest para passar o hobby para a próxima geração.

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6. Lancer

Pilote um robô gigante e explore uma vasta galáxia

Enormes robôs e personagens coloridos povoam o mundo de Lancer.

Quem não quer controlar um robô massivo no espaço? O RPG Sci-fi Lancer baseia-se em animes de robôs clássicos, como Gundam e Evangelion para trazer à vida sua visão de um futuro distante muito mais otimista do que jogos sombrios e violentos, como Warhammer 40.000.

Os jogadores controlam os pilotos que trabalham em nome de várias facções, que entram em seus poderosos robôs para resolver qualquer problema que lhes seja exigido. O RPG mistura uma narrativa profunda com uma vantagem tática em seu combate baseado em robôs, com a possibilidade dos jogadores customizarem massivamente sua máquina e se lançarem em mapas hexagonais para batalhas.

O cenário futurista de Lancer mistura combate intrincado com elementos mais fantásticos, enquanto os jogadores progridem na história e no desenvolvimento de suas personagens dentro e fora do robô. Embora o universo do jogo não seja bem uma utopia — afinal, alguém ainda precisa empregar os pilotos dos jogadores para resolver problemas — é um olhar muito mais esperançoso e brilhante para a ficção científica do que a tendência recente para o horror sombrio e distópico.

Lancer encontra um ponto tematicamente doce entre o escopo cinematográfico chamativo dos desenhos animados da TV Globinho e um comentário sério sobre a sociedade humana, envolto em uma visão complexa e visionária de um gênero sempre popular: grandes robôs lutando. Uma dos cenários de RPG mais originais dos últimos anos, acompanhado de jogabilidade gratificante, já parece pronta para se tornar um clássico moderno.

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7. Lasers & Feelings

RPG Sci-f do criador de Blades in the Dark que é leve em regras, mas cheio de potencial

Jogadores podem tentar equilibrar emoção e razão em Lasers & Feelings, ou apenas investir totalmente em qualquer um deles.

Mesmo alguns dos melhores RPGs por aí às vezes podem ser… bem, às vezes exagerados. Realizar malabarismos com dezenas de estatísticas, habilidades, itens e características, além de traçar o desenvolvimento narrativo e os relacionamentos de seu personagem, pode ser cansativo para alguns jogadores. Às vezes, você só quer algo simples para deixar você curtir o caminho.

Lasers & Feelings é a definição de simplicidade, reduzindo a jogabilidade a apenas duas estatísticas. E você já as leu: lasers e sentimentos. Cada teste no jogo se resume a um ou outro, com lasers representando uma abordagem mais científica e fundamentada das coisas e sentimentos sendo uma reação mais acelerada do coração. Cada personagem tem um único número para representar lasers e sentimentos, com os jogadores precisando rolar um único dado de seis lados sob lasers para ter sucesso ou mais para ter sucesso em um desafio de sentimentos.

O formato direto vem como cortesia do criador de Blades in the Dark, John Harper, cujo lançamento original de Lasers & Feelings colocou os jogadores nas camisas vermelhas da tripulação da nave espacial Raptor, pois eles encontraram várias ameaças na galáxia (fornecidas facilmente por uma mesa de rolagem aleatória, se você não conseguir pensar na sua), de piratas espaciais a zumbis cibernéticos.

O conjunto de regras habilmente compacto de Lasers & Feelings também se tornou a base de muitos RPGs independentes desde então, incluindo o Boy Problems — baseado na música da estrela pop Carly Rae Jepsen — e o RPG Sword & Board, inspirado em Dark Souls. Se você pegar o original ou um de seus descendentes, Lasers & Feelings é o RPG perfeito quando você está procurando algo divertido e não complicado para jogar.

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8. Monsterhearts 2

Seres sobrenaturais experimentam intensas angústias neste RPG de mesa

Em Monsterhearts 2, jogadores criam e controlam jovens com identidades estranhas e peculiaridades.

Ser adolescente é super difícil. Ter que lidar com toda a mudança, as pressões sociais e entender quem é você é muito algo complicado. Monsterhearts 2 é um RPG que leva todos os desafios da adolescência e os torna exponencialmente mais problemáticos, adicionando também elementos sobrenaturais. Um jogo sobre as provações, tribulações e alegrias de crescer, Monsterhearts 2 vê os jogadores se tornando alguns seres sobrenaturais clássicos — como vampiros e lobisomens —, bem como algumas criaturas mais incomuns, como brinquedos vivos chamados de “ocos”, tentando navegar pelo mundo da juventude. Embora os elementos sobrenaturais do jogo certamente permitem que ele se destaque, é um RPG que é mais sobre encontrar e desenvolver relacionamentos do que qualquer outra coisa.

Personagens do jogador em Monsterhearts 2 vão se encontrar lutando contra suas piores auto-tendências, de modo a desempenharem seu melhor. Cada espécie sobrenatural em Monsterhearts 2 tem seu próprio vício único que personagens de jogadores terão que lutar contra, caso desejam construir relacionamentos saudáveis com outras pessoas. Essas relações podem ser de natureza romântica e/ou sexual — com relações gays sendo ativamente apoiadas pelo texto — mas também podem ser amores platônicas, com o ir-e-vir de dar e receber poder sendo apoiado pela mecânica do jogo. Os jogadores conseguirão realizar diferentes interações com outras personagens, dependendo de sua identidade sobrenatural, com os resultados sendo afetados pelas características de seus personagens. Além de alterar suas relações com outras pessoas, certas ações podem mudar a relação de um personagem consigo mesma — fazendo com que entenda melhor quem é ou gradualmente fique mais confusa.

Monsterhearts 2 é um RPG de mesa fantástico, pois pega alguns dos aspectos clássicos do drama adolescente melodramático — angústia, paixão e auto-descoberta — e os transforma em uma exploração significativa do eu e da nossa necessidade de conexão. Caso queira um RPG repleto de drama de relacionamento interpessoal e estilo gótico, jogue Monsterhearts 2.

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9. Fiasco

Emule os filmes de neo-noir dos irmãos Coen em uma história que dará errado

Fiasco é um RPG sem sentido para fãs de cinema.

Fazer um plano perfeito sem problemas é satisfatório, mas às vezes os momentos mais memoráveis acontecem quando tudo dá errado. Colocando os jogadores em ambientações fracassadas de criminosos tapados, Fiasco é um excelente RPG de mesa em que nada acontece da forma que deseja.

Fiasco se apoia em sua veia cinematográfica com filme de crimes, como Fargo e Queime Depois de Ler — com quase todos os filmes dos irmãos Coen —, quebrando a jogabilidade em várias cenas. Os jogadores criam personagens que têm relacionamentos uns com os outros, mas que estão principalmente fora de sua zona de conforto — com consequências trágicas e cômicas (às vezes simultaneamente).

Não há mestre no jogo, com os jogadores se revezando para descrever o que acontece durante cada cena. São usados um punhado de dados de seis lados em duas cores — representando aspectos positivos e negativos da história —, onde jogadores escolhem durante as cenas para influenciar o fluxo do enredo.

A estrutura de Fiasco, como um filme simples, permite que ele se traduza em vários gêneros e cenários diferentes, desde filmes clássicos de crime de neo-noir a westerns, ficção científica e fantasia. No final de cada um dos dois atos do jogo, haverá um “tilt” — onde as coisas de repente dão errado — e, finalmente, as consequências, onde os jogadores descrevem o que aconteceu com suas personagens. Normalmente não é uma boa notícia para as personagens, mas é muito divertido para os jogadores.

Seu formato cinematográfico único, potencial para histórias tragicômicas em qualquer número de cenários, com regras leves e sem a necessidade de Mestre fazem de Fiasco um dos melhores RPGs para novos jogadores que procuram algo original quando se trata de RPG. O livro de regras original do RPG foi substituído por um conjunto de caixas ainda mais amigável para iniciantes que troca dados por cartas, permitindo que os recém- chegados entrem de cabeça e deixem o caos se desenrolar

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10. Coyote & Crow

Um RPG indígena que imagina um mundo pós-colonial

Coyote & Crow tem um estilo de arte excepcionalmente único que você não vai encontrar em nenhum outro lugar.

À primeira vista, Coyote & Crow trilha terrenos familiares. O cenário do RPG apresenta uma visão futurista da Terra, que caminhou para uma crise climática global, para os jogadores explorarem. No entanto, tanto dentro como fora da mesa, Coyote & Crow representa algo novo. Criado por uma equipe liderada por indígenas, encabeçada pelo designer Cherokee Connor Alexander, o RPG imagina um mundo onde a colonização nunca ocorreu, libertando-se das influências e filosofias eurocêntricas estabelecidas pelo Dungeons & Dragons e afins.

O cenário de Coyote & Crow, de Makasing, é uma América do Norte alternativa que nunca foi colonizada por colonos europeus. Centenas de anos depois que uma colisão de meteoros que quase aniquilou a humanidade e mergulhou o mundo em invernos inóspitos durante um período conhecido como Awis, os jogadores controlam os habitantes das cinco nações de inspiração indígena do mundo, enquanto usam tecnologia avançada e uma força conhecida como Adanadi para prosperar na paisagem pós-apocalíptica.

A jogabilidade desse RPG usa dados de 12 lados em um sistema semelhante aos sistemas de Shadowrun ou Mundo das Trevas, Vampiro: A Máscara, com foco em resolver encontros criativamente sem recorrer imediatamente à violência. Embora as regras tenham muita profundidade, Coyote & Crow também dá importância ao tecer narrativas significativas e ao desenvolvimento de personagens, inspirando-se na narrativa dos nativos americanos. (O livro de regras fornece conselhos a jogadores não indígenas sobre retratar respeitosamente personagens e histórias sem se desviar para a apropriação cultural.)

Entre seu cenário e a jogabilidade cativantes, Coyote & Crow é um mundo literalmente longe de alguns dos aspectos do RPG “clássico”, que ficam melhores deixados no passado. Um dos melhores RPGs a surgir nos últimos anos, ele pinta um futuro brilhante para contar histórias de mesa.

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Michtims, um jogo de RPG para crianças que fala de valores sobre respeito e meio ambiente

 

Tradução da opinião do Mark Knights sobre como ele comprou o Michtim para seu filho de 9 anos! Confira!


Cerca de três ou quatro meses atrás, meu garoto Ethan perguntou se ele poderia jogar RPG conosco. Ele tem nove anos, a idade que vários relatos diz que á melhor idade para iniciar crianças no hobby. Ele criou um personagem para Pathfinder e nós jogaríamos juntos o Shattered Star AP (mesmo que seja um dos meus APs menos favoritos).

Jogamos um pouco, embora eu não gostei tanto da ideia de Ethan jogando Pathfinder como seu primeiro jogo. É um jogo um pouco maduro demais para seu estilo. Ele acredita que é mais “divertido” jogar fora episódios violentos, algo que minha esposa e eu estamos trabalhando para mudar. Com isso em mente, decidi que precisava comprar um jogo que fosse mais adequado para ele.

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Perguntei por aí nos fóruns da vida e obtive uma variedade de respostas. Mouse Guard, Hero Kids e outros pareciam ser as escolhas mais populares. Na verdade, comprei os pacotes Hero Kids da DriveThruRPG, mas a obra realmente não me prendeu muito. Gosto de uma obra de temática forte e agradável e, embora fosse um bom jogo, não me atraiu, então não foi um jogo que se tornou prioridade nas minhas leituras. Um dos jogos que me sugeriram e vi depois algumas pessoas falarem sobre, além de eu ver o autor promovê-lo uma ou duas vezes, tinha o nome de Michtim. Era um jogo sobre uma raça inteligente de criaturas que viviam em uma floresta que fazia fronteira com cidade humana moderna, e que estava sob ameaça de ser demolida e transformada em um estacionamento.

 

O que imediatamente me cativou foi a temática ambiental do jogo. Foi um jogo que trouxe um forte ensinamento, e estou feliz que o apoiei. Tem de haver um equilíbrio na natureza entre o nosso desenvolvimento humano e as necessidades do ambiente. Vivi a maior parte da minha vida em um ambiente rural e isso é importante para mim. Não sou militante do tipo que se “amarre a uma árvore”, mas quando ver algo do estilo do jogo, darei ouvidos.

Além disso, o jogo promove uma mensagem de igualdade entre os seres. O jogo não discrimina gêneros e essa é uma boa mensagem para o meu filho, pois é algo em que acredito fortemente. Todas as pessoas nascem iguais e nada, incluindo dinheiro, sexualidade, capacidade intelectual, deformidade física, torna uma pessoa melhor do que outra. Então, essas eram as coisas que eu tinha em mente quando decidi comprar a versão eletrônica do Michtim no DriveThruRPG.

A primeira coisa que me chamou a atenção sobre este jogo foi a beleza do layout. É um jogo que sabe usar design gráfico, espaço em branco e cor, tudo em uma mistura fantástica. Isso e o fato de eu ter lido que o autor, Georg Mir, fez toda arte do material sozinho! O trabalho com a arte me conquistou. É estilizado, simples e significativo. Este jogo rapidamente me conquistou no sentido estético. Me conquistou tanto que comprei uma cópia física e é um dos mais belos livros de RPG que eu já comprei (dei ao meu filho como seu primeiro RPG). O jogo também tem uma pegada europeia, já que o autor é austríaco. É escrito em inglês, mas tem muitas palavras com pronúncias “germânicas” que gostei muito de usar. Meu filho também adorava ouvir as palavras de uma língua diferente quando jogávamos.

Mas o texto é o verdadeiro vencedor aqui. Há uma linda história aqui. Não são as aventuras devastadoras da Terra, mas mais pequenas histórias que importam, sobre pequenas criaturas. Há algum material realmente bem pensado de como estes  Michtim “roedores” vivem suas vidas e como eles valorizam todos os aspectos da vida. Eles amam sua comida, sua arte e sua floresta! Há política com três casas e um foco diferente, mas na maioria das vezes os Michtim apenas amam a vida, e isso é uma grande mensagem.

A mecânica do jogo é fácil e envolve alguns d6, algumas fichas para “marcadores de humor”, “marcadores de carma” e “fichas de dano”. O jogo que joguei com meu filho não usou as “vocações”, que são tipo “classes” para o Michtim. Mas você pode iniciar jogando uma versão básica, algo que fizemos, onde ele jogou como um “filhote” ou um Michtim que ainda está para escolher uma vocação.

Michtim: Fluffy Adventures - Wikiwand

Uma das partes bonitas deste sistema é que a mecânica para os jogadores estão relacionadas aos humores. São cinco: Felicidade, Amor, Tristeza, Medo e Raiva. Cada humor tem um acervo de habilidades disponíveis e o bônus adicional é que são recursos que meu filho consegue gerenciar. O jogador escolhe como distribuir seus dados como um personagem inicial (eles são meio que como estatísticas) e eu fiquei orgulhoso de ver que ele não colocou um único dado em raiva (bem, embora eu o incentivei a colocar ao menos um).

Ethan e eu jogamos sozinhos. Ele fez seu Michtim e o chamou de Tom. Narrei para ele a aventura fornecida na parte de trás do livro. Ele gostou demais e riu enquanto interpretava seu personagem em primeira pessoa durante todo o jogo. Sua única reclamação depois de algumas horas de jogo foi que não durou o suficiente! Da próxima vez, escolheremos um “Haus” (facção política) e uma vocação para expandir o jogo para ele. Quando a mãe dele chegou, ele só falava sobre a história e sobre como Tom havia se esgueirado pelos gatos maus sem ser visto e que os humanos estavam ameaçando derrubar sua floresta!

Este é o jogo que eu estava procurando há tempos! Admito que não dei uma olhada em Mouse Guard, mas pelo que vi, provavelmente tem um tom um pouco mais sério do que meu filho está preparado. Hero Kids parece bom para quando ele tiver em torno de onze anos e será um produto que servirá como ponte para jogos mais complexos de RPG. Michtim é um belo jogo de família com grandes valores sobre a natureza e respeito. Ele adora a história, embora não esteja salvando o mundo e esteja ansioso para passar para a próxima fase.

Tudo isso é uma ótima maneira de colocar crianças pequenas em jogos. Também oferece um bom trabalho para que isso continue. Tenho uma estrutura para um grupo regular jogar com complexidade suficiente para tornar este um jogo divertido para toda a família. Se você ainda não tem uma cópia, eu recomendo fortemente este jogo para você. Com toda a honestidade, se você tem um poder aquisitivo maior, compre a versão impressa, pois é um livro verdadeiramente bonito. Mas de toda forma, a beleza não se perde em um tablet ou PC, mas eu sempre prefiro uma cópia de capa dura quando posso obter. Espero que alguns de vocês conheçam esse material. Quando conhecer, conte a Georg Mir, o autor, sobre isso. Ele gosta de ouvir sobre quem está jogando seu jogo e ele é um cara adorável! Até a próxima vez, continuem jogando dados!

Nome: Michtim: Fluffy Adventures
Editora: GrimOgre Laboratory
Sistema: Michtim
Autor: Georg Mir
Categoria: Indie


Michtim estará disponível para Financiamento Coletivo pela Editora CHA em parceria com a Toca do Coruja em breve!

Jogando D&D sem ser D&D — Alternativas para D&D

E se eu lhe dissesse que a Wizard of the Coast é apenas uma das muitas editoras de Dungeons & Dragons? Soa estranho? WotC é a dona comercial da marca D&D, e qualquer pessoa doida o suficiente para usá-la sem consentimento seria processada até o esquecimento. Isso, no entanto, não significa que outras editoras não estejam lançando ótimos jogos que são tanto D&D quanto o D&D que todos conhecemos.

Artigo escrito por "niklas@wistedt.net" para o Paths Peculiar, traduzido por Paulo Henrique Lima.

E por que sair da Wizards of the Coast?9

Vamos dar um passo atrás e analisar motivos para procurar alternativas ao D&D da Wizards.

Bem, em primeiro lugar — você não precisa procurar alternativas. Se você realmente gosta da quinta edição de Dungeons & Dragons, e não tem problemas com a empresa Wizards of the Coast, então está tudo bem. Você deve fazer o que te faz feliz. Se você está feliz com o D&D 5e, então, jogue-a!

No entanto…

  • Talvez você simplesmente não goste da 5º edição de D&D.
  • Talvez você tenha algum problema com a forma como a WotC conduz seus negócios ou,
  • Você está preocupado de que eles vão entrar para o mercado de NFT, assim como sua empresa-mãe Hasbro?

Existem muitas razões válidas para se afastar de quem detém os direitos comerciais para colocar um logotipo de Dungeons & Dragons na capa do livro. Além disso; você nem precisa de um motivo além de ser curioso e querer experimentar algo novo.

Mas será se realmente é D&D se não tem isso na capa?

Resposta curta: sim!

Resposta mais longa: Sim! Veja bem, existe algo chamado OGL, que torna legalmente aceito a criação de cópias de D&D. Para quem não sabe, OGL significa Open Game License, ou seja, uma licença que permite que você use certos elementos do D&D 5e em seus próprios jogos, livros, blogs, etc. Creative Commons é um tipo de licença que também permite o uso e a modificação de obras de outras pessoas, desde que você siga algumas regras.

Mas quais são as vantagens e as dúvidas de usar essas licenças?

Bom, a principal vantagem é que você pode criar conteúdo original baseado no D&D 5e sem precisar pagar nada para a Wizards of the Coast, a empresa que detém os direitos do jogo. Você pode usar os nomes das classes, das raças, das magias, dos monstros e de muitos outros elementos do D&D 5e em suas próprias obras. Você também pode usar obras que estão em Creative Commons para ilustrar, inspirar ou complementar o seu conteúdo. Por exemplo, você pode usar uma imagem de um dragão que está em Creative Commons para a capa do seu livro de aventuras.

Mas cuidado! Nem tudo está liberado pela OGL ou pela Creative Commons. Existem algumas restrições que você precisa respeitar para não ter problemas legais. Por exemplo, você não pode usar o nome “Dungeons & Dragons” ou o logotipo do D&D 5e em suas obras. Você também não pode usar certos elementos que são considerados “propriedade intelectual” da Wizards of the Coast, como os nomes dos deuses, dos planos de existência, dos personagens famosos e dos cenários oficiais do jogo (como Forgotten Realms, Eberron, etc.). Esses elementos são chamados de “Product Identity” e estão protegidos por direitos autorais.

Além disso, você precisa seguir as regras da OGL e da Creative Commons quando for usar as obras de outras pessoas. Você precisa citar a fonte original e indicar quais modificações você fez. Você também precisa disponibilizar a sua obra sob a mesma licença ou uma compatível. Por exemplo, se você usar uma imagem que está sob a licença CC BY-SA (Creative Commons Attribution-ShareAlike), você precisa dar crédito ao autor da imagem e disponibilizar a sua obra sob a mesma licença ou uma similar.

Você basicamente pode copiar as regras e publicá-las com um nome diferente de Dungeons & Dragons. O OGL é o que a Paizo usou em 2009 para criar o Pathfinder RPG, que superou a quarta edição do D&D.

Aqui, deixe-me citar quem descreveu o OGL na Wikipedia:

Dungeons & Dragons retro-clones são jogos de RPG de fantasia que emulam edições anteriores de Dungeons & Dragons (D&D) em que a Wizards of the Coast não dá mais suporte.nnEsses jogos possíveis graças ao lançamento das regras das edições posteriores em um Documento de Referência do Sistema sob os termos da Open Game License, que permite o uso de grande parte da terminologia proprietária de D&D que poderia constituir coletivamente na violação de direitos autorais.nnEssas regras não têm o nome D&D ou qualquer uma das marcas associadas.nn- Wikipédia

Muitos desses clones existem hoje e estão ganhando popularidade à medida que os jogadores estão mudando da quinta edição para outras alternativas. Alguns desses jogos são agrupados sob o movimento Old-School Reinassance, mas se você gosta desse estilo de jogo específico ou não, esses jogos podem ser jogados da maneira que você preferir.

Os jogos criados e publicados sob a OGL às vezes são clones exatos de edições anteriores de D&D (como Old-School Essentials), mas na maioria das vezes eles são ajustados, mantendo o núcleo de D&D, mas fazendo ajustes e adições às regras e mecânicas. De qualquer forma, a maioria desses jogos geralmente são compatíveis — então você pode usar as aventuras de um jogo e jogá-lo com as regras de outro!

Então você entende o que quero dizer quando digo que não precisa dizer Dungeons & Dragons na capa do livro para ser D&D?

Então, quais são minhas opções?

Muitas, acredite. Existem toneladas de clones de D&D por aí. Alguns dos mais populares são Labyrinth Lord, Lamentations of the Flame Princess, Swords & Wizardry, White Box e OSRIC.

Eu gostaria de destacar duas grandes alternativas para a quinta edição de Dungeons & Dragons – Old-School Essentials e Dungeon Crawl Classics.

Esferas do Poder – para quem gosta de opções (e odeia o sistema de magia atual)

Esferas do Poder são sistemas mágicos e marciais únicos, criado pela Drop Dead Studios para ser usado com a Quinta Edição do RPG de Fantasia. Nesse sistema, os jogadores escolhem habilidades marciais e mágicas de diferentes esferas, gastando Aptidões de Combate para criar um praticante exclusivamente personalizado. Esferas Marciais e mágicas são extremamente flexíveis e se concentram em permitir que os jogadores transformem suas ideias em realidade, ao em vez de empurrá-los para uma função específica. Para mais informações sobre a mecânica, veja ‘Usando Esferas Marciais’ abaixo. Algumas opções misturam Esferas Mágicas e Esferas Marciais.

Nós do Toca do Coruja conseguimos a licença e estamos traduzindo esse material. Conheça.

Old-School Essentials – para o D&D purista

Old-School Essentials (OSE) do Necrotic Gnome é uma réplica exata da mecânica Basic/Expert do jogo de 1981. Se você escolher o OSE básico, você obtém as regras do D&D, apenas apresentadas em um layout moderno e mais intuitivo. É fácil de ler, maravilhosamente ilustrado e um produto realmente sólido que exala qualidade.

OSE também possui suplementos “avançados” que adicionam opções que não são cópias de D&D, mas se harmonizam muito bem com ele. Recomendo começar com o “classic fantasy rules tome” básico, pois é simplesmente incrível.

As regras do D&D Basic Expert, aliás, Old-School Essentials estão disponíveis gratuitamente online no banco de dados de documentos de referência do sistema.

Dungeon Crawl Classics – para o insurgente de D&D

Se o OSE é leal às raízes do D&D, Dungeon Crawl Classics (DCC) da Goodman Games é exatamente o oposto. Embora o núcleo do DCC seja certamente e inequivocamente Dungeons & Dragons (na minha opinião um pouco próximo da terceira edição), este jogo está cheio de inovação selvagem e imaginativa. Tudo, desde a criação de personagens até magias e ilustrações, é ajustado, refeito e re-imaginado. DCC é o primo impetuoso de D&D. É um livro grosso, mas não deixe isso te assustar — as regras realmente não são complexas.

Uma infinidade de grandes aventuras foram publicadas para Dungeon Crawl Classics, então mesmo que você não escolha este jogo específico, você deve ficar de olho em seus suplementos (lembra quando eu disse que esses jogos geralmente são compatíveis?).

Ah, ele também usa dados realmente voláteis, o que é divertido.

Resumindo…

De qualquer forma, como você pode ver, existem muitas maneiras de jogar Dungeons & Dragons sem usar livros que dizem Dungeons & Dragons. Por qualquer motivo que você possa ter que se afastar da Wizards of the Coast, há muitas opções boas (melhores?) para escolher.

Embora uma grande empresa possa deter os direitos comerciais da marca, ela não possui o hobby. Ele é nosso.