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D&D retira meio-elfos e outras raças mestiças do Livro do Jogador

Aragorn tem raça trocada através da carta #287, do conjunto O Senhor dos Anéis: Contos da Terra-média (2023), Wizards of the Coast, arte de Magali Villeneuve.
Aragorn tem raça trocada através da carta #287, do conjunto O Senhor dos Anéis: Contos da Terra-média (2023), Wizards of the Coast, arte de Magali Villeneuve.

Em uma recente atualização anunciada no Creator Summit do Dungeons & Dragons, a Wizards of the Coast revelou que irá remover a ideia de raças “meio” do Livro do Jogador do D&D por considerá-las “intrinsecamente racistas”. A decisão faz parte dos esforços contínuos da editora para tornar o jogo mais inclusivo.

Durante a sessão de perguntas e respostas após a demonstração do D&D Virtual Tabletop, o designer líder de regras, Jeremy Crawford, afirmou que o termo “meio” é problemática e não será mais incluída no novo livro do jogador. Segundo ele, a construção “meio” é “intrinsecamente racista” e a empresa não se sente confortável em incluí-la.

Crawford também explicou que a revisão do conteúdo é realizada por um grupo de revisores com diferentes áreas de especialização e experiência. Todo o conteúdo é enviado para pelo menos duas pessoas, às vezes mais, para avaliar. E que o processo de revisão de inclusão foi aprimorado para que tudo no jogo seja revisado e verificado se é inclusivo, desde os novos livros até as reimpressões de livros mais antigos.

Embora as raças “meio” tenham sido retiradas do Livro do Jogador, elas ainda estarão disponíveis para jogadores no D&D Beyond e no livro de 2014. No entanto, personagens “meio” não poderão ser usados em eventos sancionados oficialmente.

Não há informações sobre quando o Livro do Jogador será revisado e estará disponível nas prateleiras. A Wizards of the Coast segue com seus esforços para tornar o Dungeons & Dragons mais inclusivo e atualizar seu conteúdo para garantir que não haja conteúdo problemático ou ofensivo.

Uma matéria completa pode ser encontrada no site da Bounding Into Comics.

Publicado em:D&D,Notícias

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45 Comentários

  1. Luiz Moska

    Então usar o termo mestiço é racista, mas ser eugenista não, nenhuma raça de D&D pode se relacionar com outras agora, daqui a pouco tiram os Tieflings, Aasimar e até os feiticeiros que podem ter sangue draconico ou infernal 😑 puta monte de merda, ao invés de melhorar o sistema, ficam cagando regra para pautas sociais em um mundo fictício…

    • DANIEL BILHO GATAMORTA

      O conceito raçapra descrever as diferentes espécies no RPG já está ultrapassado faz tempo. DND está corrigindo aos poucos. O conceito dos meios no rpg, sempre foi racista, as próprias descrições sempre apontaram os meios como Párias nas suas sociedades. Inclusive em alguns casos o próprio conceito indicava uma existência de violência sexual. (Caso de meio-orcs). O tema racismo pode e deve ser tratado mas não para naturalizar e sim para questionar e superar.

      • VICTOR HENRIQUE ALVES DE LIMA

        Certamente voce tem algo contra relacionamento interpessoais, as sociedades podem sim terem suas crenças morais contra tal relacionamento, mas no momento que acham que isso pode ser ofensivo,criaa-se uma segregação e contextualização de eugenia.
        Sou contra até por que no meu ponto de vista um relacionamento interracial ntre raças pode ser construido de forma boa, com a finalidade rompor o arquetipo trazido como natural do jogo.

  2. Ezna Alchemyla

    Estava demorando para Lacração ir mexer no RPG, com a chegada do filme, a coisa só vai piorar, minha aposta é essa

    • AlgumJogadorSemMestre

      Se seguir essa lógica, os elfos e anões deveriam ser removidos tbm, pq os anões tem preconceito contra os elfos e eles, por sua vez, se consideram uma raça superior à todas a s outras.

  3. VITOR FERNANDO KRAMPE

    Afffff! Tirar as raças “meio” é exatamente o contrário do que dizem os editores. Tornar um personagem em uma raça exclusiva é preconceituoso e excludente.

    • Eduardo

      Mas qual sentido isso faz? Eu achava raças mestiças algo bem inclusivo, aliás sempre curti meio elfos, meio tiferino e etc. Ao meu ver só deixar raças puras é um tanto racista ao meu ver, como quem prega aquela soberania de não misturar as raças, e como fica se no background do personagem ele for filho de duas espécies diferentes? Não seria meio ainda?

    • JGoblin

      muito pelo contraio, vamos usar as cores para ilustrar isso, Vermelho + Azul = Roxo, vc não vê ngm falando q Roxo é Meio-Vermelho ou Meio-Azul, a cor é Roxo e pronto, o mesmo acontece com nós Brasileiros, ngm chama nossa nacionalidade é Meio-Português ou Meio-Espanhóis, somos Brasileiros, simples assim

      • Gorthol

        Então você nunca ouviu falar dos termos “Italobrasileiro”, “Lusobrasileiro” entre outros. Que servem pra descrever quem é filho de brasileiro com alguém de outro país.

    • JGoblin

      isso não tira os diferentes, muito pelo contrario, da um nome e identidade para eles, faz com q eles deixem de ser “meio-alguma coisa” para se tornarem algo completo

      • Hugo Kanda

        Gente mestiça existe, pessoas mestiças (como eu) não podem ter raças mestiça com as quais elas podem se identificar? Ou a minha existência enquanto mestiço é racismo

    • Marcelo

      Parabéns, a lacração chegou até o mundo FICTÍCIO.
      Daqui a pouco vão dizer que um homem jogar com personagem feminina é machismo.
      Parabéns a todos os envolvidos.

  4. Batata

    Entrei no mundo do RPG a pouco tempo, porém essa medida é realmente discutível. Pois retira qualquer aspecto de miscigenação e interação entre “raças”.

    Pode não ser a forma correta dizer “meio” para designar uma parcela de indivíduos, mas retirar qualquer visibilidade de uma minoria é ser muito mais racista, eugenista e artificial.

    O ideal seria trocar essa definição por outra de perspectiva mais realista, caso seja interesse deles se engajarem realmente nas questões sociais.

  5. Gervasio Filho

    Olá pessoal

    Olha eu até concordo em retirar o termo “meio” do jogo, por ele ser realmente problemático. Mas devem deixar as espécies híbridas (e também acho o termo “raça” pejorativo) no jogo, mas que tal usando nomes próprios para elas, como “Elfomano” para meio-elfos e “Orquemano” para os “meio-orcs”? Acho que isso resolveria o problemas de vez.

    Até mais

    • Renato

      Concordo, na verdade eu reforçaria isso como uma nova etnia, trabalharia para dar ainda mais identidade indo além das origens dela. Porque nisso também está a ideia de miscigenação.

  6. Sarah

    “Esse termo é racista.”
    Como lidar com isso?
    > Mudar o termo
    > REMOVER COMPLETAMENTE TODA UMA CATEGORIA DE PERSONAGENS JOGÁVEIS DO JOGO

    Hmmm que escolha difícil, Wizards of the Coast…

  7. Jesus Cristo

    Quanto comentário racista num só site. O termo raça será removido por isso não faz sentido ter “meios ” também, vc terá ancestralidade que cabe muito mais inclusivo e condiz muito mais com a atualidade.

  8. Natalia

    Minha avó era branca, meu avô era negro, consequentemente minha mãe é “mestiça”/parda, e eu tbm…então pela lógica PROGRESSISTA da Wizards…eu não deveria existir?
    A partir desse pensamento é que eu já justifico porque acho essa idéia uma merda…

      • Natalia

        Não, mas você entende onde quero chegar com esse pensamento? Porque não apenas mudar a nomenclatura? Ou talvez trazer conteudos em que os mestiços não são regeitados pelas suas espécies de origem, já que isso acontece muito dentro da literatura. Ou simplesmente não mudar nada, não consigo ver beneficio nenhum nisso. E DnD é um jogo de fantasia, pela lógica deles de serem inclusivos, se transportar isso pro mundo real, é exatamente o exemplo que dei acima, é racismo. Tudo bem que na vida real só tem humanos, mas não vamos esquecer que até século passado tem lugar que nem considerava uma pessoa negra um ser humano. Quererem fazer essas mudanças é um paralelo com a vida real, mas essa lógica deles não faz muito sentido. Talvez agora sem as espécies poderem “cruzar” (pra não dizer outra coisa hahha) eles deem a justificativa de que os sistemas reprodutores não são compativeis ou sei lá, mas isso que isso é desnecessário e da uma limitada em roleplay. Em fim, não sei se consegui explicar bem o meu ponto de vista, fiquei bem brava quando vi isso TT , como alguém comentou em algum lugar ai acima, era melhor arrumarem outras mecanicas do jogo, esse tipo de coisa pode muito bem ser mudada em cada mesa, a final é um jogo de interpretação, se tirarem conteudo (no caso, personagens) você automaticamente da uma limitada nisso.

  9. Arthur

    Gente, a palavra half no inglês é pejorativa, em todos os países falantes de inglês (e até mesmo no Japão) chamam as pessoas de half quando querem ofender… Foi por isso que tiraram, como eles disseram, as raças continuam aí, mas não vai ter mais o termo half porque é como apelidam quem não tem “sangue puro”, half é o suprassumo do racismo pow

  10. Marcelo

    Desculpe ser eu a dar a notícia para os flocos de neve aqui dos comentários, mas RPG SEMPRE tratou temas sociais…Vampiro: A Mascara, por exemplo, desde do início da década de 90 trata isso e é um dos maiores sistemas que existe. Além do mais, pelo o que eu entendi, só o TERMO que está sendo removido, ainda existirá as pessoas de raças mestiças.
    Ou seja, vão arrumar o que fazer.

  11. Martín

    Ninguém acabou com personagens de linhagem mista, só que agora vc não tem especificamente o nome pejorativo, e nada te impede de seu personagem q tem pai humano e mãe Orc de usar os stats ou de humano ou de Orc, ué.

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